domingo, 13 de dezembro de 2009

Mundos Infinitos



A cada instante a voz do amor nos circunda e partimos em direcção ao céu profundo

Por que deter-se a olhar ao redor? 

Já estivemos antes por esses espaços e até os anjos os reconhecem


Retornemos ao mestre, que é lá nosso lugar


Estamos acima das esferas celestes, somos superiores aos próprios anjos


Além da dualidade, a nossa meta é a glória suprema


Quão distante está o mundo terreno do reino da pura substância?


Porque descemos tanto? 


Apanhemos as nossas coisas e subamos mais uma vez


Sorte não nos faltará ao entregarmos de novo as nossas almas


A nossa caravana tem por guia Mustafá, a glória do mundo


Ao contemplar a sua face a lua partiu-se em dois pedaços


Não pôde suportar tanta beleza e fez-se feliz mendicante frente àquela riqueza


A doçura que o vento nos traz é o perfume de seus cabelos 


A face que traz consigo a luz do dia reflete o brilho de seus pensamentos


Olha bem dentro de teu coração e vê a lua que se despedaça
 

Por que teus olhos ainda fogem dessa visão maravilhosa? 

O homem emerge do oceano da alma como os pássaros do mar



Como há de ser terra seca o lugar do descanso final de uma ave nascida nesse mar? 

Somos pérolas desse oceano. A ele pertencemos. Cada um de nós. 


Seguimos o movimento das ondas que se arrastam até a terra e então retornam ao mar


E eis que surge a última onda e arremessa o navio do corpo à terra


E quando essa onda regressa naufraga a alma em seu oceano


E este é o momento da união.


Rumi


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